14 de out. de 2011
Retirada de postes na Serra da Nova Olinda
O "progresso" é voraz e após destruir boa parte das caatingas na região dos baixios desde os anos 1960, avança impetuoso pelas serras. Onde há ladeiras e planícies, já temos tratores. Nos boqueirões e vales estreitos, lá estão eles: os turistas predatórios, o lixo, os tiradores de postes e os capitalistas do "eca"-turismo, donos de bares, butecos e balneários em beiras de riacho que deveriam ser preservados.
O mais comum seria perguntar: onde está o Estado? Recentemente, a Câmara Municipal aprovou o Código Municipal do Meio Ambiente, uma bela e bem intencionada lei, mas que, se a sociedade não se mobilizar, não passará de letra morta.
Historicamente, o Estado tem o papel de potencializar a destruição. Nos anos 60 e 70, os bancos financiavam a destruição da caatinga - e com isso, a matança de animais, a morte de lagoas, o comprometimento de lençois subterraneos e outros males - e agora, recentemente, oferece infraestrutura para continuar o desenvolvimento. Desenvolvimento de quê, cara pálida? Do capital. Favorecendo a todo custo o lucro privado, o papel do Estado é potencializar a destruição do meio ambiente e comprometer a vida das futuras gerações nessa região.
Somente a organização dos lutadores do povo pode fazer esse processo se reverter.
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