28 de jun. de 2010

São João de Uibaí: repensar


Os festejos juninos desse ano deixaram um clima meio estranho: por um lado, uma latente insatisfação de parte da população em relação a programação, falta de inovações, ausência de revitalização de certas tradições e originalidade. Por outro, uma apatia profunda. Ano passado, a bandeira de fim do São João de Uibaí e criação de uma festa de Santo Antônio - chamada espuriamente de São João Antecipado - foi motivo de revolta generalizada. Esse ano, a insatisfação ficou no "disse-me-disse", sem debate, sem proposições, sem ousadia.
Não está na hora de repensar o São João de Uibaí? As tradições juninas estão presentes de forma muito forte na cultura sertaneja e não é diferente em nosso município. O São João de Praça foi criado pelas entidades da sociedade civil com destaque para a Casa dos Estudantes de Uibaí em Salvador nos anos 1970. Somente depois de seu crescimento, do envolvimento de outras entidades e do gosto que a população tomou pela coisa é que ele foi apropriado pelo Poder Público Municipal que passou a monopolizá-lo. A participação popular das entidades foi diminuindo até tornar-se acessória na montagem de barracas e organização de brincadeiras.
Não estaria o São João Tradição de Uibaí perdendo o bonde da história? A falta de horizontalidade nas decisões tem causado esse estranhamento do "povo" em relação ao São João? Os festejos juninos de nossa terra precisam de uma síntese com outras tradições populares de nosso território - tais como a produção de milho, mandioca e manifestações tradicionais - para revitalizarem-se?
Ao certo, a solução para a insatisfação de parcelas populares não sairá da cabeça de nenhum iluminado e só pode ser fruto de discussão.

15 de jun. de 2010

Todo apoio aos servidores municipais de Uibaí em Luta!



O governo municipal é como um espantalho. Um espantalho, a gente bota na roça para espantar as pragas que vem destruir a colheita. Porém, com pouco tempo, as pragas começam a perceber que o espantalho é inofensivo, não se move. Daí, passam a proteger-se nele. Levam a comida para o seu chapéu, do alto de onde tem um excelente campo de visão. Enquanto isso, o agricultor fica iludido. Pôs o espantalho e confia que o mesmo afasta as pragas. Ao invés de acordar cedo e ir pegar as pragas desprevenidas com sua espingarda, o pobre agricultou perde a sua colheita inteira, pois deposita sua confiança no espantalho que só está a aumentar as suas perdas colaborando com as pragas.

Essa é a avaliação que se pode ter do atual governo municipal. Um espantalho! Cidadãos e cidadãs acreditaram que o PT poderia afastar as pragas dos cofres públicos. Todavia, a experiência tem mostrado que as pragas continuam lá, acrescentando uma vermelha e bem grande. Perigosa, por que conseguia iludir o povo. Agora, não mais. O povo já percebeu que todos os governos de empresários ricos e burocratas carlistas e petistas (os seguidores do novo cabeça branca da Bahia) vivem de parasitar o cofre público, sugando o dinheiro do povo. E parte do povo, organizada no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uibaí já começa a fazer o que é certo. Lutar para acabar com todas as pragas, estudadas ou analfabetas, da direita ou da “esquerda”, inteligentes ou burras. E a paralisação histórica dessa segunda-feira será, com certeza, lembrada como um dia de luta do povo trabalhador dessa terra por democracia, justiça e liberdade.

Todo apoio aos servidores municipais de Uibaí em Luta!

Movimento Vicente Veloso, 14 de junho de 2010. (82 anos do nascimento do revolucionário latino-americano Ernesto Che Guevara)

São João de Uibaí


Divulgando nossa maior festa popular e desejando que ela melhore sempre!

NOSSA POLÍTICA


Sim, fazemos política. Não podemos negar. Somos um grupo político que pretende transformar a correlação de forças atualmente existente. Mas nossa política é particular. Talvez até anti-política.

Nossa política é do movimento popular e visa convencer e mostrar ao povo que o poder lhe pertence e deve ser usado por ele e não entregue a “representantes”.

Nossa política é anti-política por lutarmos contar o Estado, que na nossa visão, é um instrumento de opressão e de desorganização do povo, independente de quem está no volante e das suas boas intenções. Nossa política baseia-se na proposta de destruição desse Estado opressor e na construção de um novo modo de governo, baseado na associação popular.

Nossa política não é representativa. Não dizemos “confiem na gente que faremos o certo”. Preferimos dizer: não somos eleitores, somos cidadãos. Façam conosco. Não concordam, façam diferente. Mas façam vocês mesmos.


Nossa política não é de heróis. Os semi-deuses e os santos existem no mundo da ilusão. E se pessoas comuns parecem-se com eles é porque alguém está sendo enganado e tem gente se “dando bem” tirando vantagem disso. Temos nossos símbolos de luta: Vicente Veloso, que não esperou um paraíso de sonhos cair do céu, mas que lutou por sua liberdade aqui na terra.

Nossa política é de convencimento, de conscientização, de formação.

Existe a política deles: de cargos, dinheiro sujo, palanques, festas, corrupção, marketing, desmando, humilhação, máfia, autoritarismo.

Não gostamos desse tipo de política.

Queremos ser a diferença.