Há algum tempo é que teve início em rodas de conversa, e-mails, mesas de bar, reuniões e movimentos a necessidade de um "espaço" de reflexão da nossa realidade e intercâmbio dos diversos tipos de conhecimentos produzidos na experiência regional. O que seria exatamente? Um instituto de pesquisa e formação - que já foi proposto batizar justamente por Osvaldo Alencar -, um coletivo de estudos econômicos para o planejamento, uma ONG de assessoria a associações e comunidades, uma universidade popular para produzir um projeto alternativo de conhecimento e de sociedade?
Em debates do coletivo do MVIVE, temos caído nessa questão aqui ou acolá. Mas como viabilizá-lo? Esse "espaço" de uma "universidade popular alternativa sertaneja" - na formulação de alguns companheiros - seria uma entidade, uma escola, um espaço? Teria vínculos com o poder público, com instituições como a UNEB ou o IFBA? Seria financiado pelos sindicatos e movimento popular? Concorreria a recursos públicos?
E sua estrutura de funcionamento: cursos de extensão? Atividades intensivas de reflexão coletiva? Aulas-públicas de divulgação científica e movimentos de vulgarização artística e cultural? Coletivo de pesquisa para produção e sistematização de um novo tipo de conhecimento para fundamentar uma nova visão social de mundo? Debates políticos de diagnóstico e perspectivas de temas como política, agricultura, trabalho, cultura?
O debate está posto, a demanda existe. Como nos portaremos? Esperando a maré nos levar ou buscar o novo no fundo do mar?
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