18 de ago. de 2011

Eleições Uibaí 2012


Já está na hora de dizer quem é quem pra eleição do ano próximo. De um lado, temos a proposta de continuidade do governo de Pedro Rocha Filho que chega à conclusão do terceiro ano e, no mínimo, dividiu o povo - aqueles que o elegeram e seus adversários. De um lado, militantes históricos do PT foram excluídos do governo para deixar a vaga para adversários históricos como Luís Machado, Hamilton Ferreira e uma série de lideranças da vila, da sede e dos demais povoados.
De outro, a turma de Birinha e Raul está correndo campo para reunir suas forças, seriamente desanimadas com a situação macro: vivem um situação em que o governo tem altos índices de rejeição e crítica, mas tem todas as desvantagens possíveis no contexto estadual e no federal. Historicamente, quando dois grupos em relativo equilíbrio no contexto municipal se enfrentam, vence aquele que está de acordo com a tendência do momento. Foi assim com Pedro da Rocha Machado, fundador do município, que em meados do século passado, aliou-se a Manoel Novaes, o super-deputado das verbas do vale do São Francisco. Para sobreviver, o esperto Pedro, já prefeito, em 1964, aliou-se a quem despontava no cenário baiano, Antônio Carlos Magalhães, mesmo que esse era aliado do maior adversário do grupo de Pedro, Luís Viana Filho. Agora, a trupe do PT tem tudo para deslanchar uma década de hegemonia no município, de acordo com as perspectivas gerais. Mas a família Levi está longe de ter desistido do poder municipal e, mesmo perdendo algumas lideranças, ainda trabalha para ganhar o povo que não está associado a Pedro Rocha Filho.
A esquerda de Uibaí - aqueles que teimam em não aliar-se aos inimigos do povo para sentarem-se na mesa do poder e viver de suas migalhas - está desorganizada e pulverizada. Não conseguirá articular uma terceira candidatura numa eleição do ano que vem. Mas isso é o menos importante, desde que se recomece o trabalho pelo início, se reúna as forças, se agrupe os trabalhadores, os jovens, os camponeses e os pobres numa nova força política que preze pela luta dos direitos coletivos, pela democracia direta e pela solidariedade. Essa nova força política, essa terceira via, deve ser a da organização popular e da luta de classes. Deve combater as alianças estratégicas com aqueles que nada tem a oferecer ao povo, senão escravidão, pão e circo - um péssimo circo, diga-se de passagem.
E você, caro leitor, que pensas sobre isso? Já decidiu em quem vai votar e o que vai fazer?

4 comentários:

  1. como leitor e eleitor,por não me sentir representado por nenhum grupo do quadro atual,vou aguardar e participar da tão esperada "terceira via",que como foi dito acima,deve ser a da organização popular e da luta de classes.chega de ser fantoche de políticos omissos,falsos pregadores ..."que distribuem gracejos e sorrisos afaveis em seus jantares e encontros agradaveis.um dia ficaram desnudos perante a verdade e já não serão tão amaveis,eles não conseguirão esconder seus podres e a sua peçonha".

    avante a NOVA FORÇA!!!

    ResponderExcluir
  2. Infelizmente não consigo acreditar nem mesmo nesta terceira via. Para crescer ela teria que agregar muitas pessoas e como o lado podre de cada ser humano, na maioria das vezes, não resiste ao poder, a terceira via inadvertidamente se contaminaria e tudo iniciaria outra vez...

    ResponderExcluir
  3. A tal falada "terceira via" será que sai do papel? Parece que muito se tem dito sobre ela. Acredito que essa poderá ser uma luz no fim do tunel. Talvez tentar conscientizar o povo, os mais necessitades, fazer enxergar a realidade, a pessoa que compra o seu voto,e consegue ser eleito, sempre quer retorno no investimentos, e passa 4 anos assim fazendo.

    Como estou longe, naão sei o que de fato se passa, e os passos desse possivel novo movimento, mas se há pessoas com vontade e esperança de mudar, já esta na hora de mostrar a face.

    ResponderExcluir
  4. com toda certeza existe o risco de recomeçar um novo ciclo,de um novo grupo se corromper.afinal a corrupção,o egoísmo,e tantos outros sentimentos mesquinhos são inerentes ao ser humano.
    porém quando perdemos a esperança que o bem pode dar certo,estamos deixando o caminho livre,e consequentemente entregando a vitória ao mal,sem nem se quer tentarmos detelo.
    isso sem contar que agindo assim,além de perdermos o direito de reclamar,estamos de certa forma até sendo "coniventes".
    eu,mesmo com um histórico político tão desanimador como é o nosso,prefiro acreditar que tudo ainda pode,e vai mudar(pra melhor).claro que sem me esqueçer que tudo isso depende muito de nós.
    INTÉ!!

    ResponderExcluir