Daqui a um ano Uibaí pegará fogo "mode" as eleições!
Alguns adeptos de Pedro Rocha, mas não muito, acreditam que será brincadeira: o governo estadual e o federal estão ao favor; vários deputados, secretários e ministros do lado do atual prefeito; a "máquina" na mão; aliança com Luís Machado, Armênia, Dindo, Hamilton, João Martim, Dorim (falta quem mesmo?) que apoiaram, outrora, o grupo adversário do PT. Soma-se a isso a dificuldade de unificação da oposição, o reduzido número de vereadores e a migração de alguns eleitores após a última derrota. De fato, parece um cenário favorável.
O problema é que uma tendência da história política recente aponta para mais uma eleição acirrada. As últimas quatro eleições para o Executivo foram decididas com menos de 400 votos. Se Pedro Rocha reuniu muitas lideranças que antes pertenciam ao grupo de Birinha-Raul, isso não significa que o povo vai segui-lo. Afinal, os chefes pequenos seguem o rastro do dinheiro dos chefes grandes, mas o povo é movido por uma complexidade de relações: identificação, carisma, consciência de dever favores. Mas a marca maior é a rejeição. Foi a rejeição a Birinha que inflou a candidatura de Pedro Rocha em 2000 e não o carismo desse ou a capilaridade do PT. Este continua reduzidisso e a principal base de apoio de Pedro não é muito diferente da de Luís em 1996.
Porém, se considerarmos o ciclo da política uibaiense é marcado por fases de consenso local quando no plano nacional a oposição é esmagada. A década de 1950 foi de disputa acirrada. Mas em 1960, houve um consenso que reduziu a expressividade da oposição a zero. Na década de 1980 ela ressurgiu com novas cores e nos anos 2000 ela ganhou terreno, mas com as caras de sempre.
Por outro lado, Birinha-Raul é a cara de tudo que está decadente na política brasileira. Crias tardias do carlismo, ambos não tem a eficácia de construir a hegemonia através de uma política onguista no novo estilo do PT. Tudo estaria perdido para ele, não fosse o autoritarismo de Pedro Rocha e sua incapacidade política e administrativa. A política de Pedro é idêntica a de Raul: criar um consenso atraindo os adversários para debaixo de sua saia, mas consciente de desagradar os seus tradicionais aliados, inclusive chutando alguns. O que Pedro faz hoje com Davi e Dorisdei não é muito diferente do que Raul fez com João Martim e Dorival. E olha o resultado (as semelhanças param aí).
Se considerarmos que é certo o declínio do estilo de política carlista e uma reeleição de Pedro vai configurar o auge de seu poder (e necessariamente, o início de seu declínio), resta a pergunta: quem vai herdar a base política de Birinha? Quem vai capitalizar as viúvas de Pedro Rocha? Quem vai dar a nova cara da política uibaiense?
Raul não disse a que veio,Pedro Rocha tão pouco!
ResponderExcluir"...no presente a mente o corpo é diferente,e o passado é uma roupa que não nos serve mais..."(belchior).
o texto ficou muito bom. Como foi dito, falta apenas um ano para politica. Agora mais do que nunca, precisamos da conscientização do povo em geral, tentar unir essa galera jovem que tem os mesmos ideais políticos, e buscar o esclarecimento para parte da população que ainda tem a visão onde, o voto é apenas um objeto de troca e não uma forma de decidir o futuro de nossa cidade...
ResponderExcluirEsperamos que algo de novo surja até lá, porque do jeito que esteve e está, NÃO DÁ.