7 de jul. de 2010

Deputado serve pra quê mesmo?

Há muito já começou. Eles chegam, rodeados de cabos eleitorais e amigos. Verificam suas obras, beijam crianças, tomam um cafezinho, distribuem simpatia, metem a mão na panela de galinha e tiram uma coxa para ouvir um "ô bicho retado" do dono da casa, lisonjeado pela humildade tamanha de um "homem tão importante" (ou mulher, que, infelizmente, não tem feito muita diferença). Pedem seu voto, dizem que fizeram mundos e fundos e que vão remover montanhas, trabalhando com fulaninho e ciclaninho. Mas no fundo, a gente sente que desde que o dito cujo subiu ao "poder", sua vida não mudou. E existe uma certeza de que seu voto não vai fazer muita diferença.
Resta perguntar: pra que serve mesmo esse negócio de deputado? Eles tem o direito de governar nossas vidas? E, como em parte já o fazem, eles tem competência para tal ou estão pouco se lixando para o que rola conosco e muito mais lhes interessa o que rola pra eles?
Outra coisa. Há novidades? Há candidaturas que vem das classes populares? O que elas propõem? Quando se reuniu gente em nossa região para discutir um programa de candidato, para decidir o que um deputado deve fazer? Ou será que as pessoas mais interessadas nas mudanças de sua vida não tem o direito nem a competência de, para não dizer decidir, pelo menos opinar sobre o que deve ou não ser prioridade, o que deve ou não ser feito?
Servimos só pra votar?

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