O primeiro prefeito local, que foi eleito em 1961, ao que os vestígios históricos indicam, possuía uma preocupação real com o povo e realizou importantes obras ligadas à educação e ao fornecimento de água e luz. Mas estamos falando de uma época em que a prefeitura não era “mina de ouro” e prefeito não era “chefe de gangue”.
Ao final de seu mandato, o primeiro prefeito entregou o poder de mãos beijadas em troca de um acordo e a partir daí foi intensificado o uso da prefeitura como fonte de enriquecimento ilícito de uma família e de seus aliados. Limitou-se a discussão política, com raros momentos de lucidez onde a verdadeira esquerda entrou em ação, numa disputa pelo poder protagonizada por essas duas famílias que já eram rivais antes de Uibaí ser município.
E é aí que o povo, que deveria ser o grande beneficiário do dinheiro público que é ele quem financia, passa a ser visto como uma horda de mendigos que se vendem às vésperas da
eleição e não merecem educação, trabalho, lazer ou atenção. A distribuição dos cargos administrativos em Uibaí segue o vergonhoso critério de parente do prefeito / partidário forte / cabo eleitoral e o item “competência” para realizar o trabalho sério em benefício do povo vai para o espaço de uma vez por todas. Com um grupo incompetente não é possível governar bem e é aí que a mudança fica com cara de coisa antiga e quem pensa se pergunta o porquê disso.
Em Uibaí, se você não é Machado, não é Levi, não mora no Centro da cidade, ou não é estudado, você não é visto como gente por grande parte dos que sempre detiveram o poder. Mas você sabe analisar, sabe perceber isso e deve pensar qual a melhor forma de mudar essa visão preconceituosa e infeliz que aqui reina há muitas décadas. Você trabalha, sofre, defende e ama essa cidade, mas é posto de lado como um penico que só é usado às vésperas das eleições. Parentes de líderes políticos que moram fora e não entendem nada sobre Uibaí é quem tem vez. E você, mesmo que tenha ideias interessantes, capacidade de trabalho e vontade de melhorar a cidade é posto de lado para dar boa vida a essas pessoas.
Isso porque você não estava se digladiando na campanha... Você não é cabo eleitoral... Você não é parente de quem tem um cargo.... Uibaiense... Trabalhador... Santos, Silva, Carvalho, de Jesus... Você está do lado de fora!
"Em Uibaí, se você não é Machado, não é Levi, não mora no Centro da cidade, ou não é estudado, você não é visto como gente por grande parte dos que sempre detiveram o poder"... apesar de divergir em parte de tal colokação, ela é bastante interessante, chama-nos a reflexão e seria bom q causasse uma saudável discussão, SAUDÁVELLLLLLLLLL, pois, se for pra ser como as do "uibaí on line" e de outros vaículos q tem uibaí como tema, é melhor deixar keto!!1
ResponderExcluirVocê não é cabo eleitoral... Você não é parente de quem tem um cargo.... Uibaiense... Trabalhador... Santos, Silva, Carvalho, de Jesus... Você está do lado de fora! calma flavão, não é bem assim,nesse ponto tmbem tenho uma certa ponderação, assim como o outro, seria bom uma discussão mais ampliada, tomara q mais uibaenses opinem e o debate renda(bons frutos)ou pelo menos sirva pra se refletir em cima do q foi escrito!!!
ResponderExcluirPoderiamos usar esse espaço para um "debate". Não fui autor do texto, mas concordo inteiramente com o mesmo. Basta ver as escolhas para os cargos eletivos ou indicativos da política municipal. Existe uma hereditariedade marcanta na grande maioria dos mesmos. É uma linhagem que se perpetua há décadas na nossa história. Comecemos por desmitificar que não é preciso ter sangue azul dos Machado para tomar decisões na nossa terra.
ResponderExcluircomo disse antes, discordo em parte, pois, em uibaí "gente" primeiramente é kem tem grana, em qualquer lugar onde os valores do capitalismo são predominantes, é isso q primeiro importa, aqui não é diferente, os q detém o poder político em uibaí são os q tem poder financeiro, claro q apenas ele não é suficiente pra figurar como fator exclusivo, mas é sim o preponderante,fora isso, uma série de fatores secudários se apresentam para q alguem consiga votos para galgar uma vaga na legislatura(apenas nela, pois no executivo...ihh só no sonho)cada contexto traz suas especificidades e assim temos os casos de gente como miro camelo, artur passos, gonçalves e outros imigrantes de classes populares ou media( o caso de artur)q empolgar de nativos a nortistas e conseguiram se eleger, um dos casos emblemáticos da sede talvez seja o de neto moca, negro descendente de imigrantes,pobre e sem tradição no meio politico,por ultimo temos marcão q apesar de ser bancado por seu grupo politico pra se eleger,é uma pessoa q conseguiu um forte prestigio no seio uibaiense pelo seu jeito de ser, é "de fora" mas tá por dentro por ser,inclusive inteligente,um fator secudario q tem peso por aqui(vide prestigio de dorival,tunico ...) pra ser "gente" em uibaí, realmente não é fácil,pois primeiro as coisas passam pela kestão do vil metal. Maria de Dona e tõe babão por exemplo, são primos segundo do prefeito e um pouco mais distante de birinha, os "pesos" dos quatro na sociedade são de uma discrepancia estratosférica, o q faz com q haja tanta diferença??? o q fez dedê, um imigrante q inclusive chegou pobre por aqui, se tornar uma das figuras mais badaladas de nossa história??? no capitalismo, o "dinheiro" faz o homem e a mulher, somente ele??? não!!!mas, primeiro ele... até quando???
ResponderExcluirO dinheiro e o poder são irmãos que correm juntos nunca um contra o outo. Eu não dou valor quase ninguem, por isso não quero aqui enaltecer a riquiza de uns ou a inteligência de outros, pois a idolatração serve apenas para a religião. Por que deve-se não dar valor a quem é rico? Pois toda acumulo de riqueza tem como principio a Super-hiper-mega-exploração da mão-de-obra. Por aqui não temos os valores de classe, sem queremos ser ricos, projetamos nossas vidas naqueles que tem dinhero, não sabemos em que lugar estamos na sociedade.
ResponderExcluirNesta projeção esquecemos, às vezes, de nossas origens, uns esquecem dos pais, dos amigos de outrora. Eu quero ser rico, pertenço a tal clube, tomo Wisky, tenho carro. Por isso, nós brasileiros vivemos neste pais, que é dividido em classe, como todos os outros do mundo, mas não tem ao mesmo tempo. Porque falta mobilização, organização. Infelismente em Uibas não é diferente.
Hasta...