A eleição estadual está chegando e estamos prestes a aguentar mais um espetáculo horrível. Enfrentam-se no palanque da propaganda milionária o novo cabeça branca da Bahia, Wagner (PT), com sua infantaria televisiva de desdentados, analfabetos funcionais e outros miseráveis que são expostos na televisão de forma sensacionalista como gado humano. Parece que nenhum deles tinha diginidade até o PT lhes dar. A farinha podre do mesmo saco se repete nas outras duas candidaturas. A única novidade é que a sem-vergonhice do PT ultrapassou os limites do bom-senso e não existe mais diferença alguma em relação a Paulo Souto e Gedel Lima.
Os grandes empresários e a esquerda sem ilusões já sabia, desde 2006, que não havia diferença entre Souto, Gedel e Wagner. Por isso, grandes empresas do ramo da indústria de celulose que expulsam indígenas e camponeses de suas terras, grandes empreiteiras de construção civil e outras já fizeram generosas doações idênticas às duas candidaturas viáveis de 2006. Do carlismo ao petismo, a Bahia não mudou. Continua com a economia em crescimento sem a melhoria proporcional dos direitos de saúde, estradas, educação e emprego da população. Aliás, o que mudou é que os antigos carlistas vestiram camisas vermelhas.
O governo do novo cabeça branca da Bahia foi um primor de fascismo que deixaria Mussolini "vermelho" de orgulho. Era o ditador italiano que dizia que policiais são mais importantes do que professores. Wagner humilhou os profissionais da educação como nunca havia se visto na história da Bahia. Não acatou as reivindicações da rede estadual, não convocou os aprovados no concurso público de Souto em número suficiente, não chamou concurso público, não chamou coordenadores pedagógicos em número suficiente, cortou os salários dos professores das universidades em greve, congelou o orçamento da UEFS em punição à greve de 2007 e lançou o plano de nivelar as universidades estaduais por baixo. Esculhamba com a educação e diz, na propaganda da TV, que "faz mais por quem mais precisa". Para Wagner, o baiano não precisa de educação, mas de ilusões televisivas e de polícia e violência.
Tem mais. Negou as casas aos trabalhadores sem-teto de Irecê desrespeitando a lei de Habitação Social e permitindo que seus comparsas da prefeitura dessa cidade deitassem e rolassem utilizando essas casas para conseguir votos para o candidato a deputado federal e ex-secretário de Urbanismo, Afonso Florence. Em Irecê, só faltou mesmo xingar o padre na missa do padroeiro.
O que se decidirá na eleição de 2010 será se a cabeça do governador continuará com cabelo branco ou será sem cabelo. Todavia, sabem os mais velhos que o que importa num homem não é o que está em cima da cabeça, mas dentro. E nisso, os candidatos são iguais. Todos representam um retrocesso humanitário. Todos utilizaram dinheiro a rodo e máquinas publicitárias para comprar e iludir o povo baiano.
Resta-nos dizer que nossa dignidade não tem preço. Resta-nos a resistência ao poderio da estupidez, da ilusão e das quadrilhas instaladas na burocracia governamental. A eles dizemos que existem homens e mulheres que eles não podem dobrar. A eles dizemos que existe gente que não tem preço. A eles dirigimos as palavras do poeta: "hoje estamos a perigo, hoje estamos separados, divididos. Mas um dia, um dia, nós seremos a maioria"
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